A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) registrou um número histórico de migrações para o mercado livre de energia em 2024, com mais de 26,8 mil consumidores passando a escolher seus fornecedores de energia elétrica. Esse volume representa um aumento de mais de três vezes em relação ao ano anterior, marcando uma mudança significativa no perfil dos participantes.
Transformação no Perfil dos Consumidores
Dados da CCEE mostram que 92% das migrações foram de unidades consumidoras com demanda inferior a 0,5 MW, o que inclui pequenas e médias empresas, além de pessoas físicas. Outro destaque é que 74% dos novos participantes optaram por contratar um agente varejista para representá-los e gerenciar os riscos e oportunidades do mercado livre de energia. Em 2023, esse percentual era de apenas 15%, evidenciando uma tendência crescente de profissionalização no setor.
Com esse crescimento, a CCEE encerrou 2024 com 64,49% das unidades consumidoras registradas no mercado livre, representando 39% da demanda nacional de energia.
Setores e Regiões que se Destacam
Entre os 15 ramos de atividades econômicas analisados, os setores de Comércio e Serviços foram responsáveis por metade das migrações, seguidos pela indústria de Manufaturados e o segmento Alimentício. Regionalmente, o Sudeste liderou o volume de migrações, com 50% dos novos consumidores livres, sendo o estado de São Paulo o principal responsável por esse movimento. Outros estados que se destacaram foram Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais.
Modernização da Infraestrutura da CCEE
Para acompanhar o crescimento do mercado livre, a CCEE modernizou toda a sua infraestrutura computacional, triplicando a capacidade de armazenamento e processamento de dados. Além disso, a entidade aprimorou seus sistemas, garantindo maior eficiência nas operações e antecipando a entrega de informações e relatórios para os agentes do setor.
Perspectivas para 2025
As previsões da CCEE indicam que o ritmo de migrações para o mercado livre de energia deve se manter em 2025, consolidando ainda mais a participação de pequenas empresas e consumidores residenciais nesse ambiente.
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