La Niña Deve Terminar em Março, Indica Climatempo

Gostou, Compartilhe:

O fenômeno La Niña em março de 2025 deve perder força, segundo a Climatempo, trazendo mudanças no clima e impacto no setor energético.. No entanto, o bloqueio atmosférico deve perder força a partir de março, trazendo chuvas ao Sudeste/Centro-Oeste e marcando o fim do fenômeno La Niña.

De acordo com a meteorologista Isabella Talamoni, o La Niña deste ano não atingiu um período clássico de persistência de seis meses, mas apresentou efeitos moderados, como a maior regularidade dos corredores de umidade. No entanto, sua atuação enfraquecerá progressivamente ao longo de março, criando condições para um cenário de neutralidade climática nos meses seguintes.

Apesar da expectativa de encerramento do fenômeno, alguns modelos meteorológicos sugerem a possibilidade de retomada do La Niña no fim de 2025, um padrão já observado em eventos anteriores.

Impactos no Clima e no Setor Elétrico

Mesmo com um fevereiro mais seco, o período úmido 2024/2025 ainda pode contar com novas ondas de chuva a partir de março, principalmente no Sudeste. No entanto, os extremos Norte e Sul do país continuarão recebendo mais precipitações nas próximas semanas.

O aumento da temperatura também impacta diretamente a demanda por energia. Na terça-feira (11), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou um novo recorde de carga instantânea no Sistema Interligado Nacional (SIN), alcançando 103,3 GW às 14h37. Já na quarta-feira (12), o número subiu ainda mais, chegando a 103,7 GW, consolidando um novo recorde.

Perspectivas para os Próximos Meses

O setor elétrico deve acompanhar de perto as variações climáticas, uma vez que a transição para um cenário de neutralidade climática pode influenciar a geração hidrelétrica e o equilíbrio do SIN. O ONS destaca que os efeitos climáticos podem continuar pressionando a demanda por energia, especialmente se novas ondas de calor surgirem nos próximos meses.

Leia também:

A influência do El Niño e La Niña na geração de energia

Recorde de demanda de energia no Brasil em 2025