Energia no Brasil: tarifas sobem 45% acima da inflação em 15 anos

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Nos últimos 15 anos, a conta de luz dos consumidores cativos subiu 177%, muito acima da inflação acumulada no período (122%). Com isso, a alta real na tarifa de energia elétrica foi de 45%. Enquanto isso, no mercado livre de energia, onde empresas podem negociar contratos diretamente com fornecedores, os preços cresceram apenas 44% – o que representa uma redução de 64% em relação à tarifa regulada.

Segundo a Abraceel, o MWh passou de R$ 112 em 2010 para R$ 310 em 2024 no mercado cativo, enquanto no livre o valor subiu de R$ 102 para R$ 147. Esse cenário reforça a importância da Medida Provisória nº 1.300, que abre o mercado livre para todos os consumidores a partir de 2027.

No mercado regulado, o aumento se deve a uma série de fatores: contratos indexados à inflação por até 30 anos, obrigatoriedade de contratação de determinadas fontes e repasse de encargos, como o risco hidrológico. Além disso, subsídios embutidos nas tarifas elevam os custos. A Aneel calcula que mais de R$ 16 bilhões em subsídios representam cerca de 15% da conta dos consumidores residenciais.

Por outro lado, no mercado livre, contratos são firmados a preços mais competitivos, com economia de até 35% em relação ao preço final do mercado regulado.

A expansão da geração distribuída e a migração para o mercado livre levantam uma preocupação entre as distribuidoras: como será dividido o custo dos subsídios entre os consumidores remanescentes do mercado regulado?

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