O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) anunciou a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para avaliar os cortes na geração de energia renovável, conhecidos como “curtailment”. A decisão foi tomada nesta quinta-feira e busca coordenar ações, diagnosticar os impactos e propor medidas regulatórias e operacionais para mitigar os cortes de geração nas usinas eólicas e solares.
Nos últimos meses, geradoras de energia renovável, especialmente no Nordeste, enfrentaram restrições operacionais impostas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). As limitações foram justificadas pelo risco de sobrecarga no sistema elétrico.
Motivos dos Cortes e Conflito com o Setor
O aumento da capacidade de geração renovável no Brasil gerou uma “sobra” de eletricidade, criando desafios para a gestão do sistema. O governo tem restringido a injeção de energia de algumas usinas para garantir a estabilidade do sistema elétrico, mas essa medida gerou conflitos com os geradores, que alegam prejuízos financeiros.
Para solucionar o problema, o GT avaliará medidas como:
✅ Ampliação da rede de transmissão para suportar a geração excedente.
✅ Instalação de compensadores síncronos no Nordeste.
✅ Revisão da metodologia de corte de geração.
✅ Estudo para implementação de sistemas de armazenamento de energia.
A primeira reunião do Grupo de Trabalho definirá um plano de ação para organizar futuras medidas.
Próximos Passos e Participação de Órgãos Reguladores
O GT será coordenado pela Secretaria de Energia Elétrica, liderada por Gentil Nogueira, e contará com a participação de órgãos estratégicos como:
- Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica);
- EPE (Empresa de Pesquisa Energética);
- ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico);
- CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).
O setor energético acompanha de perto as decisões do governo, já que a expansão da geração renovável depende diretamente das mudanças regulatórias.
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