Mesmo com chuvas abaixo da média em 2025, os reservatórios se mantiveram estáveis, e o SIN operou com mais de 65% de armazenamento.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu manter, para o ano de 2026, os mesmos parâmetros de aversão ao risco adotados em 2025. A definição ocorreu durante a 308ª Reunião Extraordinária realizada em 30 de julho na sede do Ministério de Minas e Energia (MME), com base em nota técnica conjunta do ONS, CCEE e EPE.
Segundo o CMSE, a estratégia mostrou-se eficiente mesmo diante de um período chuvoso abaixo da média. O Sistema Interligado Nacional (SIN) permaneceu com os reservatórios estáveis e níveis superiores a 65%, o que reforça a robustez da atual política operativa.
“A decisão reforça o compromisso em evitar cenários como o de 2021, quando a gestão inadequada e a baixa disponibilidade hídrica levaram a um aumento expressivo no despacho térmico e empréstimos emergenciais para cobrir os custos da energia”, destacou o MME.
🔍 Parâmetros de operação mantidos para 2026
- VMinOp atualizado para o Norte: de 19,1% para 28%, alinhado à Curva Referencial de Armazenamento (CRef);
- Manutenção do VMinOp:
- Sudeste, Paraná e Paranapanema: 20%;
- Sul e Iguaçu: 30%;
- Nordeste: 23,3%;
- Manutenção dos parâmetros de CVaR:
- (15,40) para os modelos de operação e formação de preços;
- (25,35) para o planejamento da expansão e garantia física.
📉 Modelo mais sensível e preços voláteis
A decisão de manter os parâmetros ocorre em meio a críticas sobre o aumento da sensibilidade do modelo de aversão ao risco (CVaR), que desde 2025 tem impactado diretamente na volatilidade de preços, acionamento das bandeiras tarifárias e maior uso de térmicas. O receio era de que uma nova alteração elevasse ainda mais o deslocamento das renováveis.